4. Venha para a Era do Talento
- Roberto Lira Miranda
- 7 de ago. de 2018
- 3 min de leitura
Muitas vezes, quando alguém pensa ou fala em talento refere-se exclusivamente a aptidões artísticas. Mas talento é muito mais do que isso.
Na antiguidade greco-romana, talento era o nome da moeda corrente, como o dólar, a libra, o peso ou o real nos dias de hoje.
Talento era dinheiro vivo.
Os conceitos atuais, que você pode encontrar no dicionário, são três:
1. aptidão natural ou habilidade adquirida.
2. inteligência excepcional; engenho.
3. (na linguagem provincial, brasileira e portuguesa) força física, pulso, vigor, alento.
Na pré-história, vigorava a lei do mais forte, como ainda vigora hoje entre os animais irracionais.
O processo de evolução das espécies começou a transferir a supremacia da força para a supremacia da inteligência e do talento.
E foi através da inteligência e do talento que o homem se impôs sobre todas as outras espécies de animais.
Muitos séculos se passaram em direção ao mundo civilizado, quando o conhecimento começou a impor-se sobre o talento puro, mantendo sua hegemonia até os dias de hoje.
Enquanto ninguém dispunha do conhecimento, imperavam a inteligência e o talento como diferenciais competitivos. Enquanto poucos dominavam o conhecimento, ele passou a ser o diferencial competitivo.
Hoje, amanhã, e cada vez mais, o conhecimento vem sendo colocado rapidamente ao dispor de todos.
A informação circula em volumes e velocidades antes inimagináveis. A informação e o conhecimento chegam a mais pessoas, mais rapidamente, em condições de assumir o status de domínio público.
Há menos de cinquenta anos as escolas superiores e as universidades se contavam nos dedos. E mesmo as escolas primárias e os colégios não tinham a pretensão de atender mais do que vinte ou trinta por cento da população.
As profissões amparadas por formação escolar eram restritas.
Você podia ser médico, dentista, advogado, professor, engenheiro (em algumas poucas especialidades) agrônomo, veterinário, contador e algumas outras – poucas – coisas.
Quem tinha um diploma tinha um seguro de vida e emprego.
Logo surgiram as primeiras escolas de administração de negócios, jornalismo, comunicação social.
Hoje elas são centenas, disputando acirradamente a preferência dos alunos. E já graduam profissionais em número superior à demanda do mercado, em muitos setores.
Quem tem um diploma pode candidatar-se. Mas não tem mais a garantia, nem de carreira, nem de emprego.
O que vai acontecer, daqui para a frente?
Os sinais já estão todos colocados para quem quiser ver: cursos de pós-graduação – lato-sensu e stricto-sensu – em todas as faculdades. Mestrados, doutorados, programas de extensão e especialização. Com ou sem vestibular.
Cursos que duravam quatro anos, realizados em dois anos.
Módulos de especialização completados em seis meses.
Cursos com frequência quase livre, em dezenas de Faculdades e Universidades.
Em algumas especializações os cursos com quatro ou mais anos de duração desaparecerão simplesmente porque o que tenha sido aprendido nos primeiros anos estará desatualizado no fim do curso.
Ninguém mais poderá dizer: “Já conclui meus estudos. Estou formado”.
Estaremos todos, o tempo todo, em formação contínua.
Você ainda vai ver este anúncio:
“Conhecimento e informação à disposição de todos. Compre no supermercado da esquina. Receba seu diploma pela Internet e imprima em sua própria HP”.
O supermercado só não vai vender empregos.
E o número de pessoas qualificadas para disputar os empregos será muito maior.
A diferença entre essas pessoas, e as oportunidades que elas encontrarão, estarão muito mais ligadas à diversidade de seu conhecimento, à sua versatilidade e à capacidade de usar melhor seus conhecimentos.
A era da especialização cederá lugar à uma nova Era do Talento.
Uma era comandada pelo desenvolvimento da Criatividade, do Raciocínio Lógico, da capacidade de organização, das habilidades de comunicação e relacionamento, talentos que focalizei sob os números 3.1, 3.2, 3.3 e 3.4 nestas páginas.
Talentos que você não aprendeu na Escola. Que nasceram consigo e que podem ser identificados, acessados, exercitados e desenvolvidos durante toda sua vida e em qualquer momento de sua vida.
Na Era do Talento, em que vivemos e viveremos no futuro, seja para conseguir um bom emprego e progredir nele, seja para estabelecer-se como profissional autônomo ou montar seu próprio negócio, garantindo seu sucesso, você precisa explorar todos os seus talentos.
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